Quando é preciso mais
Nem sempre é fácil executar projetos de desenvolvimento social. Desde que iniciei o projeto de Doação de Livros para Rede de Mediatecas de Angola (REMA), que tenho-me deparado com uma série de obstáculos que não ajudam quem quer apoiar. Não falo de apoiar apenas Angola, falo da África no geral, que é para onde o 'Ana e África' pretende direcionar os seus esforços ao nível de fornecimento de material que é essencial. Nesta fase, está-se a avançar com a doação livros, mas o objetivo é fazer chegar material escolar, roupas, material de saúde e outros bens essenciais a centros já identificados e que de facto precisam destes apoios em países como Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné Bissau.
No meio de algumas respostas a pedidos de ajuda que não se chega a ter, felizmente também tenho assistido a várias entidades e pessoas que se têm disponibilizado a ajudar, que de facto se preocupam e que fornecem o apoio que podem dentro do que é possível fazer, o que é de louvar nos dias de hoje.
No entanto, a minha grande preocupação vai para a falta de apoios que existe no transporte destas doações e em se conseguir fazer com que cheguem aos países de destino. Não é fácil, é uma tarefa que diria quase impossível, pois infelizmente tudo ainda é um negócio. Apesar de haver quem quer ajudar, temos um outro lado que bloqueia as ações de quem quer fornecer estas ajudas e de quem precisa de as receber. É sabido que os custos para enviar estas doações são elevados e as burocracias são muitas, no entanto, também é sabido que estamos a falar de causas humanitárias. Há a necessidade de haver uma simplificação e corredores de apoio para quem quer doar e fazer estes envios para entidades reconhecidas no destino. É mais do que urgente e algo deverá ser feito, pois a solidariedade vai além daquilo para o qual a própria palavra possa remeter, vai para além das ações, abrange também as condições que são dadas para a execução das mesmas.
Ana e África
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Infelizmente a RESPONSABILIDADE SOCIAL caminha a passos lentos no mundo da Solidariedade. O "isso não é comigo" tem que dar espaço ao "eu vou assumir" e dar soluções humanitárias às causas humanitárias.
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