Mulher Africana
Dia 31 de Julho foi o dia da Mulher Africana e eu não poderia deixar passar esta data sem partilhar o que para mim isto representa. Com uma ancestralidade e raízes africanas que em mim trago, sempre tive rodeada de mulheres fortes, com um passado de luta e sofrimento, onde as desigualdades, a falta de reconhecimento e de oportunidade foram os reis. Pude testemunhar de perto, o quão forte são as Mulheres Africanas, todas o são, mas a Mulher Africana acaba por nascer e crescer num contexto de extrema privação que inevitavelmente leva à sua submissão e anulação.
Felizmente e gradualmente as coisas começam a mudar, mas passo a passo, é um processo que se avisa moroso mas avizinha-se, já se vê sinais de Mulheres que se emancipam e que lutam pela sua posição e direitos na sociedade civil.
Mulher Africana, a Mulher que eu tanto admiro, a Mulher que no meio de tantas limitações e de tantas adversidades não se rende. A Mulher que no meio de uma luta imensa, todos os dias luta para ser vista e ouvida, a Mulher que apela, embora e em grande parte dos casos em silêncio, à necessidade de reconhecimento, de inclusão, de igualdade e de oportunidade.
À Mulher Mãe, Esposa, à Mulher Zungueira que todos os dias levanta-se de manhã e tenta trazer mais um pouco para casa. Considero que a Mulher Africana é e deve ser um motivo de orgulho, é um dos símbolos da Força e da Resiliência, do Amor e da Esperança.
Um bem-haja a todas as Mulheres Africanas, que não seja relembrada no dia 31 de Julho, mas sim todos os dias.
Fotos tiradas na construção do Templo Kimbanguista, na Fubu, em Luanda.
Ana e África 💙

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