Vamos falar um pouco sobre o Mandombe

Talvez para muitos de vós, esta pode ser a primeira vez que estão a ler  e a ouvir a palavra 'Mandombe'. Um termo muito diferente do que normalmente possam estar habituados a ouvir e que neste momento, vos possa estar a levar a questionar, também através do vídeo acima, do que efetivamente se trata.

Pois bem, tenho-vos a dizer que o meu contato com o Mandombe é recente, mas também posso-vos garantir que este foi e que está a ser um encontro muito feliz. De uma forma muito resumida, pois a história é longa, o Mandombe é um sistema de escrita que existe tal como muitos outros sistemas de escrita no mundo, conhecemos bem o latino, depois temos o sistema grego, o hebraico entre outros. O Mandombe embora, ainda pouco conhecido pelo mundo, é também um sistema de escrita, nascido no continente Africano.

A história e o valor que o Mandombe trás consigo é imenso, pelo que tentarei passar-vos da melhor forma, para que entendam, o impacto que esta escrita atualmente está a ter entre os jovens e crianças que estão a começar a aprender esta escrita.

Qualquer língua pode ser escrita em Mandombe, mais do que um meio de comunicação, o Mandombe é um sistema de conhecimento científico, tendo uma estrutura alfabética composta por elementos geométricos, estruturados, que permitem com que a utilizemos em contextos práticos da arquitetura, da geometria descritiva e analítica entre outras áreas, mas mais para a frente vamos perceber como! (um belo exemplo é o que o Zola construiu no vídeo acima) para já vamos falar do Mandombe enquanto meio de comunicação. 💙 

O Mandombe é uma escrita para todos, qualquer um pode aprender e existem métodos que permitem aprender este sistema de escrita de uma forma fácil e intuitiva.

De escrita genuinamente africana este é o primeiro alfabeto que surgiu no continente africano com raízes fortes à sua cultura e  civilização. A história e o valor que trás é imenso, sendo um dos melhores presentes que podemos dar a este continente é o reconhecimento da sua escrita.

Voltaremos a este tema!

Ana e África